O que são Alimentos Remosos? 2025
Quando alguém leva um ponto na pele, faz uma tatuagem ou passa por uma cirurgia, logo aparece aquele conselho antigo: “evita alimento remoso que atrapalha a cicatrização, viu?”. Mas afinal de contas, o que são alimentos remosos, por que tanta gente evita e será que isso tem base científica mesmo ou é só crença popular?
Esse artigo é pra esclarecer tudo isso de forma clara, sem enrolação, com uma linguagem simples pra todo mundo entender. Vamos te contar o que realmente faz sentido, onde entra o exagero e o que a ciência diz sobre esse tipo de alimento. Bora entender tudo?
O que são alimentos remosos?
Os chamados alimentos remosos são aqueles que, segundo a cultura popular, causam ou agravam inflamações no corpo. Essa expressão é muito usada em regiões do Brasil, principalmente no Nordeste, e costuma estar ligada a sabedoria antiga passada de geração em geração.
Na prática, são comidas que supostamente:
- Dificultam a cicatrização
- Deixam a pele mais sensível
- Causam coceira ou inflamações
- Pioram quadros de acne ou alergias
Mas… isso é verdade mesmo? A gente chega lá. Primeiro, vamos ver quais são esses alimentos.
Exemplos de alimentos considerados remosos
Aqui vai uma lista com alguns dos mais conhecidos:
- Carne de porco
- Frutos do mar (camarão, siri, caranguejo, lagosta)
- Chocolate
- Leite e derivados (especialmente em excesso)
- Frituras
- Pimentas fortes
- Ovos
- Alimentos muito gordurosos
- Refrigerantes e doces industrializados
Não é que essas comidas sejam “veneno”, mas acredita-se que em situações como pós-operatório, tatuagens, queimaduras ou machucados, o consumo delas pode atrapalhar a recuperação do organismo.
A origem do termo “remoso”
O termo “remoso” vem da medicina tradicional e da sabedoria popular. É usado em várias partes do Brasil e até em outros países da América Latina com nomes diferentes, como “alimentos quentes” ou “inflamatórios”.
Na medicina oriental, por exemplo, também existem classificações de alimentos que “esquentam” ou “resfriam” o corpo. Então essa ideia não surgiu do nada e nem é só “crendice”.
Existe comprovação científica?
Aqui o papo fica sério. Muitos alimentos da lista dos remosos realmente têm potencial inflamatório, mas isso depende da quantidade, da frequência e da condição de saúde da pessoa.
Alguns exemplos:
- Gorduras saturadas e trans, presentes em frituras e alimentos processados, realmente aumentam marcadores inflamatórios no corpo.
- Açúcar em excesso também está ligado a processos inflamatórios e queda de imunidade.
- Carnes embutidas e com alto teor de sódio e conservantes também são mal vistos por nutricionistas.
Ou seja: tem um fundo de verdade, mas isso não significa que esses alimentos devam ser proibidos pra todo mundo, o tempo todo.
Quando evitar alimentos remosos?
Existem situações específicas em que faz sentido cortar ou reduzir o consumo de alimentos considerados remosos. Veja algumas:
1. Pós-cirurgia ou machucados
Quando o corpo está em processo de regeneração, o ideal é investir em alimentos anti-inflamatórios como frutas, verduras, peixes e oleaginosas.
2. Durante quadros de acne intensa ou dermatites
Alimentos gordurosos e muito doces podem agravar a condição da pele, sim.
3. Em casos de alergias ou intolerâncias
Se uma pessoa já tem algum histórico de reação, como a lactose ou frutos do mar, o melhor é evitar mesmo.
4. Em tatuagens e procedimentos estéticos
Muitos tatuadores recomendam evitar certos alimentos nos primeiros dias pra evitar complicações como coceira, inflamação ou bolhas.
Alimentos que ajudam na cicatrização
Já que o foco é evitar o que atrapalha, vale também saber o que ajuda o corpo a se recuperar. Se liga nessa lista de alimentos bons pra cicatrização:
- Frutas ricas em vitamina C (laranja, acerola, morango)
- Vegetais verde-escuros (couve, espinafre, brócolis)
- Alimentos com zinco (castanhas, semente de abóbora, feijão)
- Fontes de proteína magra (frango, peixe, ovos)
- Cúrcuma e gengibre (anti-inflamatórios naturais)
Esses alimentos fortalecem o sistema imunológico e ajudam o corpo a se recuperar mais rápido e melhor.
E se eu comer um alimento remoso sem querer?
Não precisa se desesperar. Comer um chocolate ou um camarão não vai necessariamente causar uma catástrofe. O problema é o excesso e a falta de equilíbrio. Se sua alimentação for, no geral, saudável e você manter uma boa hidratação, praticar exercícios e dormir bem, seu corpo vai dar conta do recado.
Remoso é o mesmo que proibido?
Essa confusão é comum. Mas não, remoso não significa proibido. Significa que é bom ter cautela em determinados momentos. Um chocolate de vez em quando, um ovo no café da manhã, uma pimentinha no almoço… tudo isso pode ser tranquilo se não houver nenhuma condição específica.
Existe diferença entre alimento remoso e inflamatório?
Sim. Nem todo alimento inflamatório é considerado remoso pela cultura popular, e nem todo alimento tido como remoso tem efeito inflamatório comprovado. Por exemplo:
- A carne de porco é remosa na cultura popular, mas se for magra e bem preparada, pode não ser inflamatória.
- Farinha branca, mesmo não sendo considerada remosa, tem alto índice glicêmico e pode gerar inflamações sutis no organismo.
Então é sempre importante separar tradição de ciência, e entender que o melhor caminho é o equilíbrio.
Como saber se um alimento vai me fazer mal?
Cada corpo reage de um jeito. O ideal é observar os sinais:
- Sentiu coceira depois de comer algo?
- Notou que sua cicatrização está mais lenta?
- Está com o intestino preso ou solto após certo alimento?
Esses sinais mostram que pode haver uma sensibilidade. Vale conversar com um nutricionista ou médico pra investigar e adaptar sua alimentação.
Dicas práticas para evitar complicações
Pra fechar, algumas dicas simples pra cuidar da alimentação em momentos delicados:
- Evite exageros em fritura e doce nos primeiros dias após cirurgias ou tatuagens
- Beba bastante água sempre
- Priorize alimentos frescos e naturais
- Evite repetir a mesma comida todos os dias
- Observe como seu corpo reage a certos alimentos
No fim das contas, os alimentos remosos fazem parte da sabedoria popular e têm sim seu valor, mesmo que a ciência nem sempre comprove tudo de forma direta. O importante é saber que:
- Não precisa seguir cegamente tudo que ouve
- Mas também não custa nada evitar alguns exageros quando o corpo está mais sensível
- Alimentação equilibrada sempre será a melhor escolha
Ou seja, usar o bom senso, escutar o corpo e, se tiver dúvidas, buscar ajuda de um profissional é sempre o melhor caminho.
